As pimentas domesticadas.

O nome pimenta vem da forma latina pigmentum, “matéria corante”, que no espanhol virou pimienta, passando depois ao entendimento contemporâneo como “especiaria aromática”. (BONTEMPO, 2007, p. 9)

Este trabalho refere-se ás pimentas da família das solanáceas, mesma da batata e do tomate, pertencentes do gênero capsicum. Sabe-se que a ardência concentra-se maior parte nas sementes e que todas as pimentas encontradas na natureza são comestíveis, mesmo as ornamentais que são vendidas em vasos nas floriculturas. Botanicamente falando a pimenta é um fruto, nutricionalmente é uma especiaria e quando não muito ardidas, consumidas em grandes quantidades classifica-se como legume. (GONÇALVES, 2009.)

Capsicum vem de capsaícina, que é o alcaloide cristalino que da a ardência as pimentas, podendo estar em maior ou menor quantidade, o que difere uma das outras como mais picante e até mesmo levemente adocicada. (GONÇALVES, 2009. p. 21)

Von Martius, naturalista do século XIX já relatara em sua obra: Flora Brasiliensis de quarenta volumes, sobre as plantas descobertas no Brasil e já as separava as diversas espécies de Capsicum do Brasil. (EMBRAPA, 2000)
 Cinco séculos se passaram desde a descoberta das Américas e as pimentas dominaram o comércio das especiarias picantes no mundo, tanto que só a China tem mais de 700.000 hectares de cultivo de pimentas capsicum, os coreanos e tailandeses são tidos como os maiores consumidores do mundo. São conhecidos cerca de 26 espécies de pimentas, mas apenas 5 domesticas pelo homem, as restantes são consideradas selvagens. Como possuem fácil polinização, elas sofrem variações naturais e ou feitas pelo homem para desenvolverem um novo subgênero de pimenta com sabores equilibrados. Aproximadamente 2000 variedades são cultivadas não somente nos trópicos, mas em lugares de clima frio também. (GONÇALVES, 2009.)

As pimentas possuem três graus de domesticação: Planta Domesticada: são os tipos de pimenta que dependem do homem para a sua sobrevivência. Plantas Semi-Domesticadas: tipos que são cultivadas pelo homem, mas não dependem dele para sobreviver. Plantas Silvestres: São aquelas encontradas em ambiente natural que nunca sofreu alteração pelo homem e também independem do mesmo para sua sobrevivência. (GONÇALVES, 2009. p. 25 e 26.)

As pimentas domesticadas são aquelas do gênero capsicum em que o homem selecionou determinadas características de tal modo que não são mais capazes de sobreviver em condições naturais, são dependentes do homem para sua sobrevivência. (GONÇALVES, 2009.)

As capsicum domesticadas são as seguintes:

Capsicum Annuum: espécie nativa do México, a variedade mais comum desta espécie é o pimentão, seguido pela Jalapeño, Poblano e Ancho. É desta espécie que se deriva a especiaria páprica, uma variedade seca e moída. (GONÇALVES, 2009. p. 27)


Capsicum Chinese: nome dado erradamente por Nikolaus Joseph Von Joacquim (1727 – 1817), botânico holandês que pensava erroneamente que esta espécie era originária da China, mas na verdade todas as plantas do gênero capsicum são originárias das Américas. Esta é a espécie das pimentas mais ardidas do mundo, dentre elas a Habanero, Scotch Bonnet e Naga Jalokia. (GONÇALVES, 2009. p. 28)

  

Capsicum Frutescens: Muito cultivadas no Brasil, África e América Central, as mais conhecidas são Tabasco e Malagueta. (GONÇALVES, 2009. p. 29)



Capsicum Baccatum: Símbolo de imagem “pimenta” é a espécie mais conhecida no Brasil, tais como a Dedo-de-moça, Cumari e a Cambuci. (GONÇALVES, 2009. p. 30)



Capsicum Pubescens: também conhecida como Rocoto, é muito comum no México e Peru. (GONÇALVES, 2009. p. 31)